domingo, 27 de abril de 2025

Apenas um grito em desabafo

Abotoou e me escondo dentro dos seus blusões 

que finjo serem seus abraços.

Minha mente está girando, me afogando em memórias eu estou 

e eu não tenho nenhuma boia agora pra me agarrar.

Boto um som bem alto, café na mão bem amargo.

Em seus perfumes de vidros escuros me passo e você então está ali.

O senhor diria que é uma tentativa para que de mim duvidem e se afastem

chamaria de corajoso quem me desafiasse

E eu pai, apenas iria sorrir.


O inconsiente é fascinante, ele sempre está lá.

Te traz memórias que você jurava ter esquecido

e sensações que você apenas não queria.

Um cheiro, um som, um momento..

Gatilho terrível, sem freio nem nada.

Quando tem que vir, vem.

Que dor insuportável!!!

Hoje eu queria lhe dizer tudo, mas não posso nada


Há 5 anos, abril não é mais o mesmo, hoje 27, tão pouco.




Bárbara Arcângela.

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Há tempos eu não brincava com o perigo, é!

Mas ele veio até mim e então escolhi seguir nesse caminho...

Olho pro chão

Mas há uma moeda, apenas dois lados dessa mesma moeda, deve bastar.

Pego.

O que estou fazendo? Porque estou fazendo?

Eu perco? Não quero pensar.

Enquanto gira, eu já sei.

Sei o que quero, sei o que ganho!

E penso se o lado que desejo também me escolherá.

Mas há uma pausa, essa pausa... 

Mas eu não sei parar!

Enquanto gira, meus dedos sangram e arrancam partes do que quero, de mim, pra mim.

Elas estão estendidas: mãos que me sabotam, me entregam.

Seguram tão rápido e com tal força que ferem 

É,  eu não quero soltar, não vou soltar!

Não é teimosia, é decisão.

Peço que dessa vez me obedeçam, eu quero que me obedeçam... exclamo!

Sem controle e eu não sei como fizeram -aquilo- outrora,

Mas essa falta de jeito não sabendo se expressar nem falar, o fez.

MERDA! E COMO FEZ!

Olho pra cima -ela ainda está lá-... 

Medo.

Aperto os olhos e então estendo as mãos esperando que ele vá 

Vá me alcançar.


Bárbara Arcângela



P.S.: eu não escolhi ser intensa, apenas sou, sinto e sou. E amo que isso faça parte de mim, rejeitar isso é como fazer eu me lançar num muro. Venha ao meu lado, no mesmo sentido ou contra, mas isso espera por você.

P.S.: há um sonho sobre isso e um fato também.

Não mais!

 E eu, que deixei de escrever sobre tantas coisas,

por tolices, nada mais que tolices.

Ah, eu, que guardei comigo tantas palavras que podiam ter sido soltas...


Não mais.


Bárbara Arcângela