segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

seu erro, sua decisão.

Uma vez ele pediu a Ele com tanto fervor
Mesmo no meio de tantas dúvidas...
Que te veio,
Veio e ficou,
Sentiu, mas pouco,
E escapou.

Teve a chance,
A teve nas mãos,
A teve em outras partes,
Você viu,
Mas enganado largartes.

Teve o que pediu
Mas tua mente que cresceu contigo,
Sem nunca ser sequer questionada,
Antes do momento, te traiu,
E tua visão ficou ofuscada,
O teu coração por isso,
coitado,não sentiu.
E assim como as rimas, não pertencidas a mim
O teu amor sumiu.

Parada no lugar de sempre,
Ela irá ficar,
Ela sabe que é o seu caminho
Ela sabe que é o seu sacrifício,
Sofrer,
Observar,
Viver e esperar...
Por isso se intromete em seus caminhos
Esperando ele, Nele, sem ele.

Falou o que por enquanto tinha que falar,
Ela engoliu o que ele já não podia saber,
Olhos que quiseram gritar mas que sabiam
Que os outros olhos evitavam sofrer.

Essa é a outra oportunidade que agora vagará
Para o único sol que você pode ter
Ela é a única que sentiu e sentirá
O teu sentimento que temes ao ver.
Por ti ela sofreu a dor que tu evitou
Por ela tu sentirá o que ela esperou.

Parará e pensará,
Pela primeira vez te angustiará
Por algo que tu sempre evitou
Reconhecerás que errou.

Novo surgirá
E tu acenderá a luz que tu mesmo apagou
Por isso,
Tu percorrerá um mundo o qual nunca andou.

Bárbara Arcângela.
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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Meu Próprio Caos

As cortinas foram rasgadas, e a janela está aberta.
O vento me susurra o que aconteceu.
Tudo revirado, mas a cama continua intacta.
Eu daria tudo para jogar esses lençóis no chão.
Olho para cima em busca de respostas, e a roupa íntima continua pendurada no ventilador.
O buraco no meu estômago se expandiu, já o sinto em meu crânio. Tento preencher o vazio que me toma a alma, mas tudo que posso é fechar os olhos, e fugir.

Abro os meus olhos e me pergunto que lugar estou. Vejo cordas penduradas, e sinto meus braços se mexerem contra a minha vontade.
Estou dançando. Quero parar, mas não consigo.
Meus impulsos não existem, mas ainda sinto o sangue borbulhar.
Meus olhos procuram por alguém. Estou sozinha.
Minha boca se abre e diz palavras sem sentido. As cordas fazem com que minha cabeça balance para cima e para baixo.
Sim.
Não sei onde estou, nem o que estou fazendo. Quero gritar, mas toda a força que faço só serve para que eu cuspa um bocado de sangue.
Forço as pernas a procurarem por uma saída, ou talvez uma explicação, mas tudo que encontro é um espelho.
"Quem é você?", eu pensei.
Sou eu.
Os olhos abertos como os de um gato, as bochechas e o lábio pintados de rosa. Sou um palhaço.
"Mas o que é isso?", me perguntei.
São fios. Cordas.
Comecei a dançar novamente. Eu não quero dançar. Não consigo parar.
Eu não me controlo mais, estou presa em meu próprio mundo. Sou extrangeira da irrealidade que criei. Sou a marionete controlada por cordas, por mim mesma.
Olho para o lado, assustada, e encontro uma tesoura.
Cortar. Cortar para me libertar.
Com muito esforço, pego a tesoura e corto os fios que me controlam.
Estou livre.
Estou livre?
Começo a dançar novamente. Eu não quero dançar.
Procuro pelos fios, e eles não existem mais.
Não tem fim.
Pego a tesoura novamente e a aponto para os meus olhos.

Abro os olhos. Suspiro de alívio.
Procuro pelo espelho.
"Sou eu denovo", pensei sorrindo.
Começo a dançar. Eu não quero dançar.
Oh, não.
Procuro pelos fios. Eles não estão mais lá.
Ergo meus braços em busca de socorro, sinto alguma coisa ao passá-los pelo ar.
Fios. Cordas.
Invisíveis.
Fecho os olhos para acordar novamente, mas tudo continua igual.
Controlada pelo inconsciente, conscientemente controlada.

As cortinas foram rasgadas, e a janela está aberta.
O vento me susurra o que aconteceu.
Tudo revirado, mas os lençóis estão no chão agora.

Postagens mais antigas, aqui no meu vibe.